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Deep Purple

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Mensagem por JJ 7/3/2010, 23:13

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Apresento hoje os Deep Purple uma das minhas bandas referência, que me acompanharam na juventude.


Os Deep Purple formaram-se em 1968, com o nome Roundabound (felizmente logo abandonado).

Deep Purple Deeppurple

O início


Os Deep Purple surgiram de uma idéia exótica. No país que gerou The Beatles, revelou Jimi Hendrix e deu o título de deus a Eric Clapton, todos esperavam pela próxima grande idéia no campo fértil do rock. Em 1967, Chris Curtis, ex-baterista do The Searchers, teve a idéia exótica de reunir vários músicos muito talentosos num grupo chamado Roundabout (carrossel). Eles se revezariam em torno do baterista, como num carrossel. Depois que a idéia foi comprada pelo produtor Tony Edwards, o primeiro músico a topar a idéia foi o tecladista Jon Lord, colega de Curtis nos The Flowerpot Men, onde também tocava o baixista Nick Simper.

Era o final dos anos 60, e Curtis estava metido até o pescoço no espírito da época. Certa vez, Lord entrou no apartamento e encontrou as paredes cobertas de papel alumínio. Seu colega havia redecorado a casa pra mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada: Curtis desapareceu. O grupo achou um guitarrista - Ritchie Blackmore, conhecia um baterista - Ian Paice - que trouxe um colega da The Maze - o vocalista Rod Evans. Com a saída de Curtis, acabou a idéia do rodízio e a banda precisava trocar de nome. Em fevereiro de 1968, depois de muito procurarem numa lista de nomes que incluía o pomposo Orpheus, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore: Deep Purple.


A banda apresentava-se na América, a início como acompanhantes de Chris Curtis. A primeira formação, que lançou três discos de pouca repercussão ("Shades of Deep Purple", "Book of Talyesin" e "Deep Purple") contava com o vocalista Rod Evans, o guitarrista Ritchie Blackmore, o baixista Nick Simper, o baterista Ian Paice e o tecladista Jon Lord. O nome Deep Purple foi sugerido por Ritchie Blackmore, retirado de uma música que sua avó gostava.

Em 1969 resolveram arriscar uma mudança no direcionamento musical da banda, convidando o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover, e passando a buscar um estilo que misturasse música clássica européia ao hard rock que surgia na inglaterra com as bandas Yardbirds e Led Zeppelin.

O primeiro álbum com esta formação, com o sugestivo nome de "Concerto For Group & Orchestra" foi recebido com respeito (e um pouco de estranheza) pela crítica. Não foi, todavia, um grande sucesso de público. Dariam uma volta em 1970 com o álbum "Deep Purple In Rock", que com seu hard rock directo e bem feito rapidamente chegou ao topo das charts transformando imediatamente o Deep Purple em uma banda grande e influente. São deste disco alguns dos primeiros grandes clássicos da banda, entre outros, "Speed King" e "Child in Tim."

"Fireball", de 1971, confirmou o sucesso da banda, e com o álbum "Machine Head" (um dos clássicos do rock de todos os tempo, lançado em 1972) atingiram o auge. Constam deste álbum dois de seus maiores hits, "Smoke On The Water" (com um dos riffs mais marcantes da história do hard rock) e "Highway Star". A turnê que se seguiu rendeu um outro álbum clássico, "Made In Japan".

"Who Do We Think We Are" de 1973 marcou o início de uma fase ruim para a banda, que culminou com a saída do vocalista e baixista pouco antes do início da turnê. Durante um curto período de tempo o vocalista Paul Rodgers (que havia tocado com o Free) assumiu o vocal do Deep Purple, até sair da banda para montar seu projeto Bad Company, sendo substituído por David Coverdale. O baixo foi assumido por Glenn Hughes. Com esta formação lançaram o excelente "Burn" em 1974, boa fase que não iria durar muito em virtude de problemas entre Ritchie Blackmore / David Coverdale.

"Stormbringer" de 1974 foi novamente um retrocesso, que culminou com a saída do guitarrista Ritchie Blackmore (que viria a formar o Ritchie Blackmore's Rainbow poucos meses depois). Para seu lugar foi recrutado o guitarrista Tommy Bolin (que tocava jazz/fusion com a banda de Bill Cobham).

Em 1976 a morte de Tommy Bolin por uma overdose de heroína foi a gota d'água para que a banda fosse oficialmente desfeita. David Coverdale, Jon Lord e Ian Paice participariam do Whitesnake, Ian Gillan viria a tocar alguns meses com o Black Sabbath (além de seguir carreira solo com a Gillan Band) e Roger Glover se juntou à banda de Ritchie Blackmore.

Durante anos houveram boatos de que a banda estaria prestes a armar uma reunião que se concretizou apenas em 1984. Apesar de ter sido reunida uma das melhores formações da banda, com Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice, o lançamento do álbum "Perfect Strangers" confirmou que a banda já não era a mesma em estúdio. Sua sonoridade estava americanizada e se assemelhava mais ao Rainbow ou Whitesnake que ao Deep Purple original. Após a gravação de um novo álbum, "The House Of Blue Light", em 1987, Joe Lynn Turner (que havia tocado com Ritchie Blackmore no Rainbow) assumiu o lugar de Gillan. Após extensas turnês a banda finalmente lançou "Slaves & Masters" em 1990.

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Gillan voltou à banda em 1992 e em 1993 a banda lançou o album "The Battle Rages On", com duas faixas fantásticas, "The Batlle Rages On" e "Anya" tocadas em um show em Birmingham em comemoração aos 25 anos da formação da banda.

Infelizmente, este show marcou a saída do guitarrista Ritchie Blackmore devido aos atritos que continuavam. Foi substituído por Joe Satriani e mais tarde Steve Morse, dono de um estilo muito mais técnico e preciso. O álbum "Purpendicular" de 1996 foi aplaudido mundialmente por público e crítica, com a banda conseguindo resgatar grande parte de seu prestígio.


Deep Purple Ritchiebl


Logo após, a banda concebeu "Live in Olympia", um álbum ao vivo que traz seus principais sucessos juntamente com suas músicas mais recentes. Em 1998, o Deep-Purple lança "Abandon", um álbum pesado no velho estilo de In Rock mas não tão bem recebido pela crítica. Interessante a banda ter incluído uma versão atual de "Bloodsucker" (do álbum "In Rock") batizada desta feita de "Bludsucker". Pouco convincente pelo fato de Ian Gillan não possuir a mesma voz de anos atrás.

Em 2002 seria a vez de Jon Lord, alengando que estava velho e precisava se aposentar, anunciar sua saída amigável da banda. Para seu lugar foi anunciado Don Airey.


Em 2003 lançam o álbum "Bananas", sucesso de público e também de crítica, mostrando que o Deep Purple de Steve Morse, mesmo que muito diferente daquele dos tempos do mestre Ritchie Blackmore.

Lançado em novembro de 2005, "Rapture of the Deep" reafirmou a boa fase da banda e agradou os fãs. Com composições bem construídas, o álbum foi o maior sucesso comercial da banda desde “Battle Rages On”. De acordo com a Billboard.com, “Rapture of the Deep” alcançou a posição 43 de álbuns independentes. As músicas que valem destaque são "Wrong Man", "Rapture of the Deep", "Clearly Quite Absurd" e "Junkyard Blues".

Ao vivo


Deep Purple Deeppurpley

Se os discos decepcionam às vezes, ou valem por algumas músicas, não podemos dizer o mesmo dos shows do Deep Purple sem Blackmore. Apesar de Steve Morse não se preocupar muito em apenas imitar o mestre Blackmore, chegando muitas vezes a modificar as tradicionais guitarras, uma apresentação do Purple é certeza de bom espetáculo. Recheados de clássicos, os shows são uma prova viva da competência dos músicos, que beiram a perfeição na execução das músicas – mesmo com o “probleminha” apontado acima. Há ainda a questão de que as apresentações da banda são verdadeiros encontros de gerações de roqueiros atrás de boa música. Imperdível!!!

O mais incrível é que o fantasma Blackmore ainda assola a banda e Morse. Mesmo após 16 anos da saída de Ritchie, muita gente ainda pergunta para os integrantes do Purple como é conviver sem ele ou se há a chance de um retorno, além da pressão exercida sobre Morse (coisa que eu mesmo fiz acima comparando seu estilo e forma de tocar).

Para finalizar, como sou um grande fã da banda, resta-me a recordação de os ter visto ao vivo em Lisboa, na sua 1ª apresentação em Portugal no Pavilhão . Depois disso estiveram em Portugal numa concentração do Moto Clube de Faro, em Faro.

Deep Purple Deeppurplef


Era pós Ritchie Blackmore


Ritchie Blackmore um guitarrista genial, mas ao mesmo tempo genioso e, na maioria das vezes, desagradável e egocêntrico.

Este era o principal dilema vivido por Ian Gillan, Roger Glover, Ian Paice e Jon Lord no ano de 1993. Após o lançamento do disco “The Battle Rages On”, que tinha como principal destaque o retorno de Gillan, a banda sai em uma das suas muitas e longas tournês. Qual não foi a surpresa quando no final da parte européia desta tournê, mais precisamente no final de 1993, Blackmore simplesmente abandonou a banda sem aviso prévio. O pior é que o guitarrista decidiu assim nas vésperas das apresentações no Japão, consideradas tradicionalmente como muito importantes para a banda. Os Deep Purple estavam numa verdadeira complicação, graças aos diversos contratos assinados e à pressão de Sr. Udo, o empresário responsável pela tournê. Após especular-se até não cumprir as datas, o que resultaria num enorme processo contra Ritchie Blackmore por todas as partes - inclusive dos próprios Deep Purple, uma solução foi sugerida pelo empresário nipônico. De acordo com Roger Glover, em entrevista para a MTV Brasil, Sr. Udo aceitaria que os Purple cumprissem as datas com um outro guitarrista, desde que este fosse de primeira linha. O próprio empresário sugeriu os nomes de Jeff Beck, que não aceitou o convite, e o de Joe Satriani.

A rápida passagem de Joe Satriani

A banda agiu rápido e recrutou o lendário guitarrista Joe Satriani como guitarrista convidado para cumprir a agenda de shows, que incluía a tournê japonesa (que foi um grande sucesso, vendendo cerca de 80 mil bilhetes) e mais uma nova tournê pela Europa – que foi até o verão naquele continente. Alguns destes shows podem ser facilmente encontrados em bootlegs.

Apesar do convite para tornar-se integrante permanente da banda, o guitarrista declinou e voltou à sua carreira solo. O motivo divulgado para a recusa foi que Joe teria longos contratos firmados como guitarrista solo, o que inviabilizaria a sua efectivação nos Purple. Só que o tempo passou e o próprio Joe Satriani costuma afirmar que nunca foi parte da banda, principalmente por uma questão de estilo. Ele também salientou que o peso de ter a sombra de Blackmore não valeria a pena o risco, a pressão e as comparações que teria de enfrentar se assumisse o posto, principalmente por ser um guitarrista já conceituado e com uma sólida carreira solo.

A entrada de Steve Morse


Estava na hora dos Deep Purple recrutarem um novo guitarrista. A banda apostou na mesma fórmula utilizada com Joe Satriani. Após pensarem no nome Hank Marvin, do Shadows e que nem foi contactado, é a partir da indicação de Ian Gillan que Steve Morse é convidado para fazer alguns shows em novembro de 1994. Morse era um guitarrista de destaque que já havia tocado no Kansas. Ele também era o fundador das bandas Dixie Dregs e Steve Morse Band, que alcançaram relativo sucesso. Steve Morse também havia sido considerado o melhor guitarrista do mundo pelos leitores da revista Guitar Player por cinco anos consecutivos, de 1982 a 1986. Quando foi convidado pelos Purple, Morse estava afastado da música e trabalhava como co-piloto numa empresa de aviação.

O próprio Steve Morse explicou para a MTV Brasil como se deu a sua entrada na banda: “Eu tocaria em quatro shows. Era algo sem compromisso. Não havia nenhuma certeza da efectivação. Recebi uma fita com as músicas que tocaríamos e fiz o primeiro show um dia após conhecer o pessoal dos Purple. Claro que conhecia as músicas e gostava muito da banda. Inclusive, eu e meu irmão tocávamos 'Hush' quando crianças, mas estar no palco com eles era diferente. No primeiro show fiquei meio preso, mas o Gillan me apoiou o tempo inteiro. Aliás, no fim do show, foi ele que me puxou para frente na hora de cumprimentar a platéia”.

A entrada de Steve Morse representou o renascimento dos Deep Purple, como pode ser comprovado pelas palavras dos integrantes da banda na mesma entrevista para a MTV Brasil: “A entrada de Steve foi um catalisador na banda que fez com que nos redescobríssemos e nos tornássemos muito mais expressivos. Redescobrimos a ingenuidade, redescobrimos o espírito da banda!”, afirma Roger Glover.

Para Jon Lord, Steve Morse devolveu a auto-estima para os demais integrantes. Auto-estima que havia sido perdida há muito tempo. Ian Paice também não deixou de dar o seu pitaco: “somos uma banda outra vez. Antes éramos quatro pessoas e mais uma. Nunca uma união de cinco integrantes”.

A avaliação pelos quatro shows nunca veio. O que veio, após vários outros shows, foi o primeiro registro da nova formação. Perpendicular.


Dois albuns em destaque desta era:


Purpendicular


Lançado em fevereiro de 1996, o álbum causou grande impacto pela qualidade. Estava evidente que o estilo de Steve Morse era muito diferente do estilo de Ritchie Blackmore, e que por isto os Purple haviam evoluído sem perder a qualidade. Os riffs e solos eram de uma competência sem dúvida, além das boas músicas compostas. O destaque foi o retorno da utilização maciça dos confrontos entre guitarra e teclados que eram uma marca registrada da banda, porém esquecida nos últimos álbuns. Algumas musicas como "Vavoom", "Ted the Mechanic", "Loosen my Strings", "Rosa´s Cantina" e "Hey Cisco" são tocadas até hoje ao vivo e causam excelente impressão no público. Porém o destaque maior é "Sometimes I Feel Like Screaming", que na minha modesta opinião é o único clássico da fase pós-Blackmore.

Este é o melhor álbum da era pós Blackmore, principalmente pelo “frescor” causado pela entrada de Morse, que contagiou a todos os demais integrantes.

Rapture of the Deep


Lançado em novembro de 2005, "Rapture of the Deep" reafirmou a boa fase da banda e agradou os fãs. Com composições bem construídas, o álbum foi o maior sucesso comercial da banda desde “Battle Rages On”. De acordo com a Billboard.com, “Rapture of the Deep” alcançou a posição 43 de álbuns independentes. As músicas que valem destaque são "Wrong Man", "Rapture of the Deep", "Clearly Quite Absurd" e "Junkyard Blues".

Todas as formações do Deep Purple.
(1968-1969)

Rod Evans – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Nick Simper – baixo
Ian Paice – bateria
(1969-1973)

Ian Gillan – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria

(1973-1975)

David Coverdale – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Glenn Hughes – baixo,vocais
Ian Paice – bateria
(1975-1976)

David Coverdale – vocais
Tommy Bolin – guitarra
Jon Lord – teclado
Glenn Hughes – baixo,vocais
Ian Paice – bateria

(1976-1984)
O grupo esteve separado.

Reunião
(1984-1989)

Ian Gillan – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria
(1989-1991)

Joe Lynn Turner – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria

Nova reunião
(1992-1994)

Ian Gillan – vocais
Ritchie Blackmore – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria
(alguns meses em 1994)

Ian Gillan – vocais
Joe Satriani – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria
(1994-2002)

Ian Gillan – vocais
Steve Morse – guitarra
Jon Lord – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria

(2002)

Ian Gillan – vocais
Steve Morse – guitarra
Don Airey – teclado
Roger Glover – baixo
Ian Paice – bateria

Discografia.

Shades Of Deep Purple – 1968.
The Book Of Taliesyn – 1969.
Deep Purple – 1969.
Concerto For Group And Orchestra – 1969.
Deep Purple in Rock – 1970.
Fireball – 1971.
Machine Head – 1972.
In Concert - 1970/1972.
Made in Japan – 1972.
Who Do We Think We Are – 1973.
Burn – 1974.
Stormbringer – 1974.
Come Taste the Band – 1975.
This Time Around – Live In Tokyo - 1975.
Made in Europe – 1976
Live in London – 1982.
Perfect Strangers – 1984.
Anthology – 1985.
The House Of Blue Light – 1986.
Nobody’s Perfect – 1988.
Slaves and Masters – 1990.
The Battle Rages On – 1993.
Come hell or High Water – 1994.
Purpendicular – 1996.
King Biscuit Flower Hour (1976) -1996.
Abandon – 1998.
Total Abandon – Live in Australia -1999.
Bananas – 2003.
Rapture Of The Deep – 2005.

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Mensagem por JJ 7/3/2010, 23:16

Deep Purple Deeppurpledp005


A Fender.com conduziu uma entrevista com o lendário guitarrista Ritchie Blackmore (DEEP PURPLE, RAINBOW, BLACKMORE'S NIGHT). Seguem abaixo alguns trechos da conversa.

Fender.com: Como membro fundador do Deep Purple e do RAINBOW, é muito interessante que você também tenha se tornado bem-sucedido em um gênero totalmente diferente. Quando você sentiu pela primeira vez uma inclinação pela música com inspiração renascentista?

Ritchie Blackmore: "Eu senti uma inclinação pela música renascentista desde que ouvi a canção 'Greensleeves', quando tinha 11 anos. Depois novamente em 1972, quando ouvi David Munrow & Early Music Consort of London. Sempre ouvia esta música em casa ou nos hotéis na estrada. Era fascinado pelo som das flautas daquela época".

Fender.com: "Secret Voyage" foi descrito como um álbum que leva seus ouvintes a uma "busca musical - uma viagem através do tempo e espaço". O single "Locked Within the Crystal Ball" faz isto com uma tradicional melodia escrita pelo Rei Alfonso X de Castela servindo como semente para seu arranjo e composição final. Candice chamou isso de "Blackmor-izador". Você pode descrever este processo criativo com mais detalhes?

Ritchie Blackmore: "Isto apenas desenvolve-se naturalmente. O trabalho fica muito mais fácil quando você já tem uma melodia que existe para trabalhar. Às vezes funciona adicionando instrumentos modernos. Às vezes não. Acho que deu certo em 'Crystal Ball'".

Fender.com: Você também revisitou um clássico do Rainbow, "Rainbow Eyes", neste álbum. Ela ficou conhecida como uma das mais leves canções do Rainbow, descrita como algo celeste. Ela se encaixou bem como uma canção do BLACKMORE'S NIGHT, e como você determinou o novo arranjo?

Ritchie Blackmore: "Qualquer coisa melódica serve para ser incluída nesta banda. Originalmente ela era muito acústica e desta vez acrescentamos a guitarra elétrica para dar uma dimensão diferente".

Fender.com: Sua introdução de guitarra para "Smoke on the Water", do Deep Purple, é largamente considerada um dos mais famosos riffs do rock'n'roll. A letra da música foi inspirada pelas experiências que a banda teve quando um incêndio atingiu o Cassino de Montreux em Montreux, na Suíça, mas como surgiu este famoso riff?

Ritchie Blackmore: "Ian Paice (baterista do DEEP PURPLE) e eu sempre costumávamos tocar juntos, somente nós dois. Foi um riff natural para tocar na hora. Foi a primeira coisa que veio a minha cabeça durante aquela sessão".

Fender.com: É dito que você nunca toca o mesmo setlist quando viaja ou toca a mesma canção da mesma forma duas vezes. É este estilo improvisacional um desejo de ser único, uma contínua busca pelo perfeccionismo, ou você apenas fica entediado facilmente ao ser repetitivo?

Ritchie Blackmore: "A última opção. Fico muito entediado e distraído facilmente. Nunca consigo lembrar partes, linhas, qualquer coisa do conjunto. Nunca poderia ser um ator".

Fender.com: É verdade que quando seu pai lhe comprou sua primeira guitarra aos 11 anos era na condição de que alguém lhe ensinaria corretamente a tocar senão ele esmagaria sua cabeça com ela?

Ritchie Blackmore: "Sim, é verdade. Ele realmente disse isso. Acho que ele estava pensando que eu novamente ficaria entediado facilmente e pensou que fosse uma fase passageira - que eu não continuaria tocando o instrumento. Inicialmente eu queria ser trompetista, mas o instrumento era muito caro. Depois, um baterista, mas elas eram muito caras. Então meu pai me comprou uma guitarra. Era mais barata. Eu queria ser Eddie Calvert; ele era trompetista, quando eu tinha 8 anos".

Fender.com: Você poderia falar sobre sua evolução como guitarrista, das primeiras lições clássicas ao Deep Purple e sobre o baixista e produtor do RAINBOW, Roger Glover, ter lhe ajudado a reconhecer que, embora tocar com velocidade pode parecer vistoso, diminuir a marcha e segurar uma nota é também uma verdadeira arte?

Ritchie Blackmore: "Percebi que quando comecei a tocar guitarra queria ser muito rápido. Depois percebi, quando este efeito diminuiu, que tocar mais devagar e com mais sentimento e emoção era muito mais difícil. Levou alguns anos para me acostumar a tocar lentamente. Agora eu acho mais difícil tocar rápido


09/11/09 | Fonte: Fender.com




Smoke on the water



Highway star



Burn

com David Coverdale nas vozes



Sobre o R. Blackmore

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Mensagem por JJ 7/3/2010, 23:19

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Mensagem por Convidad 8/3/2010, 18:45

mais um fabuloso topico!

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Mensagem por Convidad 8/3/2010, 21:10

Bolas, nem fazia ideia de mais de metade disto!!
Onde é que este Senhor (JJ) vai buscar toda esta informação!? Deep Purple Agreement009

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Mensagem por Mpcgomes 23/4/2010, 19:57

Esta banda já vi em Portugal no Coliseu em Lisboa, altamente, grande show....
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Mensagem por JJ 24/4/2010, 21:03

Mpcgomes escreveu:Esta banda já vi em Portugal no Coliseu em Lisboa, altamente, grande show....

Epa, olha que eu também estive no coliseu a ve-los, simplesmente espectacular.
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Mensagem por lameiras 29/4/2010, 00:23

Eu sou guitarrista, e o meu amplificador é da assinatura do richie blackmore. É uma grande máquina..
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Mensagem por Mpcgomes 29/4/2010, 00:40

lameiras escreveu:Eu sou guitarrista, e o meu amplificador é da assinatura do richie blackmore. É uma grande máquina..

Eh pá não sabia dessa tua veia artistica, onde tocas ? eu tenho duas guitarras, uma viola e outra electrica, arranho um pouco na viola e até componho umas cenas mas não toco nada de jeito...na guitarra electrica até parece que dá choques, já não lhe pego à 2 anos....agora a outra dá sempre para um tipo ter a mania que é alguma coisita de jeito, mas não sou... Deep Purple 738894
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Mensagem por Mpcgomes 29/4/2010, 00:46

JJ escreveu:
Mpcgomes escreveu:Esta banda já vi em Portugal no Coliseu em Lisboa, altamente, grande show....

Epa, olha que eu também estive no coliseu a ve-los, simplesmente espectacular.

Já viste como o mundo é pequeno ? os cotas ainda tocam a valer...espectáculo, era só cheiro a ervas do mato no ar, um regresso ao passado, momento de grande saudosismo, rockn roll rules !!!
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Mensagem por JJ 29/4/2010, 11:08

Também eu toquei muito tempo em bandas, e ainda tenho uma guitarra acustica.

Na altura tinha uma Fender Telecaster Bass e um Marshall como amplicador, e coluna Marshall.

Todos temos aquela veia Musical Deep Purple 738894
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Mensagem por lameiras 29/4/2010, 22:58

Mpcgomes escreveu:
lameiras escreveu:Eu sou guitarrista, e o meu amplificador é da assinatura do richie blackmore. É uma grande máquina..

Eh pá não sabia dessa tua veia artistica, onde tocas ? eu tenho duas guitarras, uma viola e outra electrica, arranho um pouco na viola e até componho umas cenas mas não toco nada de jeito...na guitarra electrica até parece que dá choques, já não lhe pego à 2 anos....agora a outra dá sempre para um tipo ter a mania que é alguma coisita de jeito, mas não sou... Deep Purple 738894

Apesar de não tocar muito a guitarra "é a minha outra".
Tenho uma banda com cerca de 2 anos e meio, no ano passado gravamos um EP com 4 faixas que está disponivel no nosso myspace.
Temos mais musicas, mas ainda não foram gravadas.

Passem lá http://www.myspace.com/killbutton

Abraço
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Mensagem por Mpcgomes 2/5/2010, 18:48

lameiras escreveu:
Temos mais musicas, mas ainda não foram gravadas.

Passem lá http://www.myspace.com/killbutton

Abraço

Muito bom som Lameiras, gosto imenso do som da guitarra, agora se queres a minha opinião, deveriam arranjar letras em português, era uma mais valia para a banda, tens um som fantástico Deep Purple 146121
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Mensagem por Mpcgomes 2/5/2010, 18:49

JJ escreveu:Também eu toquei muito tempo em bandas

Temos aqui um verdadeiro artista... Deep Purple 738894
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Mensagem por Convidad 1/6/2010, 10:16

Poderão ver esta magnifica banda no dia 14 de Julho, no Coliseu dos Recreios em Lisboa, às 21h30. Deep Purple 83279

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Mensagem por JJ 1/6/2010, 10:49

rogeriobps escreveu:Poderão ver esta magnifica banda no dia 14 de Julho, no Coliseu dos Recreios em Lisboa, às 21h30. Deep Purple 83279

Exactamente, já os vi a 1ª vez que estiveram em Portugal, e gostei muito.
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Mensagem por Convidad 1/6/2010, 11:06

Também vi esse concerto. Foi excelente. Lembro-me que foi no Coliseu dos Recreios, em Setembro de 1998, ano da Expo.

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Mensagem por JJ 1/6/2010, 11:11

rogeriobps escreveu:Também vi esse concerto. Foi excelente. Lembro-me que foi no Coliseu dos Recreios, em Setembro de 1998, ano da Expo.


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